"O massacre, ocorrido na semana passada, está entre os
mais chocantes registrados no país desde que este passou a ser palco do
atual conflito, em dezembro. A ONU estima que os conflitos já deixaram
milhares de mortos e mais de 750 mil deslocados"
Corpos são vistos nas estradas, em mesquitas e igrejas, algo que
causou indignação internacional. Enquanto a cidade de Bentiu tenta se
recuperar do ocorrido, os rebeldes e o governo trocam acusações sobre
quem é o responsável (assista ao vídeo produzido pela BBC).
Em um comunicado, o ministro das Relações Exteriores do Sudão do Sul
acusou os rebeldes pelo massacre, mas estes negam responsabilidade, e
culpam soldados do governo pelas atrocidades.
A missão da ONU no país diz que, como resultado da violência dos
últimos dias, está agora protegendo cerca de 22 mil pessoas em sua base
em Bentiu, mas enfatiza que nem isso garante sua segurança, pois campos
da organização também foram atingidos em ataques recentes.
O conflito está fortemente ligado a questões étnicas, e contrapõe o
presidente Salva Kiir, do grupo étnico Dink, e o ex-vice presidente e
líder dos rebeldes, Riek Marchar, do grupo étnico Nuer.
A China, um dos principais investidores na indústria petrolífera do
Sudão do Sul, também manifestou preocupação com a violência. O Sudão do
Sul é o mais jovem país do mundo, tendo obtido sua independência do
Sudão em 2011.
Em fevereiro desse ano, diversas igrejas foram atacadas e saqueadas
no Sudão do Sul. Líderes cristãos clamaram por paz e reconciliação. Ore
pelo centro de treinamento que a Portas Abertas mantém no país, a
Faculdade Cristã Emanuel.