A filha de um pastor morto por terroristas do Boko Haram relatou a
jornalistas detalhes da perseguição religiosa que os extremistas
islâmicos tem feito aos cristãos na Nigéria. A menina, que sobreviveu ao
ataque, agora está exilada nos Estados Unidos e disse que os radicais
pretendem erradicar os cristãos do país.
Aos jornalistas, Deborah Peters revelou detalhes do diálogo entre
extremistas, que cogitaram deixar seu irmão vivo após terem matado seu
pai, que era pastor. Os jihadistas do Boko Haram, no entanto, optaram
por matá-lo porque ele poderia se tornar um pastor ou missionário quando
crescesse.
“Era 7:30 e três homens bateram na porta e perguntou onde meu pai
estava. Eles o levaram ao banheiro e gritaram para ele negar sua fé. Ele
disse que não o faria, e eles dispararam três vezes em seu peito”,
narrou Deborah, 15 anos, que vivia num vilarejo em Chibok, uma das
regiões da Nigéria mais atacadas pelos extremistas.
Depois disso, a adolescente de 15 anos afirmou que os homens
debateram sobre o destino do menino, e chegaram ao consenso de matá-lo:
“Eles atiraram no meu irmão duas vezes no peito e ele caiu”, disse
Deborah.