A China é considerada um dos países que mais persegue cristãos em
todo o mundo. Oficialmente um país ateu e classificado como o 37º pior
país em perseguição pelo “World Watch”, a China pode ver essa realidade
mudar em breve, segundo estimativas feitas pelo especialista em religião
Fenggang Yang, que afirma que o país terá a maior população de
evangélicos do mundo em 2025.
Yang é professor de sociologia da Universidade de Purdue e autor de
Religion in China: Survival and Revival under Communist Rule (Religião
na China: Sobrevivência e restauração sob o regime comunista). Ele
afirma que a população protestante da China irá chegar a 160 milhões em
2025, e ressalta que muitas pessoas ainda não estão preparadas para essa
mudança.
- Pelos meus cálculos China está destinada a se tornar o maior país
cristão do mundo muito em breve – afirmou Yang, ao jornal The Telegraph.
- E vai ser em menos de uma geração. Muitas pessoas não estão preparadas para esta mudança dramática – acrescenta.
Em 2010 a China tinha mais de 58 milhões de protestante, de acordo
com o Fórum do Centro de Pesquisas Pew Research sobre Religião e Vida
Pública. Yang afirma que a população cristã total da China, incluindo
católicos, será de mais de 247 milhões de pessoas em 2030, colocando o
país à frente até mesmo dos Estados Unidos, que tinha cerca de 159
milhões de protestantes em 2010.
O professor comenta ainda o fato de que quando os comunistas chegaram
ao poder na China, em 1949, expulsaram os missionários cristãos e
permitiram que as igrejas a funcionassem sob o controle do governo, em
uma tentativa de eliminar a religião. Durante a Revolução Cultural dos
anos 60 e 70 sob liderança de Mao Tsé-tung, que via a religião como
“veneno”, os cristãos sofreram séria perseguição no país. Porém, o
cristianismo continuou a crescer no país.
- Mao pensou que poderia eliminar a religião. Ele pensou que tinha
conseguido isso. É irônico… Ele falhou completamente – afirma Yang.
Apesar do forte controle que o governo chinês exerce sobre as
instituições religiosa, limitando sua atuação oficial, centenas de
milhares de igrejas domésticas não oficiais, em grande parte nativas,
existem em todo o país.